Bold ain't gold!

"...
This is the end
My only friend the end
Of our elabored plans
the end
Of everything that stands
the end...

I'll never look into those eyes again
..."

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.Amei as coisas sem setimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.Além disso fui o único poeta da Natureza.

Alberto Caeiro

Ao ouvir insistentemente a música dos The Doors - The End, lembrei-me que quando era mais novo fantasiava uma conversa quase real com Édipo, o tipo que queria matar o pai e foder a mãe (daí este comportamenti desviante se denominado Complexo de Édipo). Não achava possível um gajo por muito burro que fosse ter tal perturbação mental. Para mim não passava de uma história mal explicada. Assim como a questão da cirrose de Pessoa. Tudo uma treta de história. Sempre tive uma opinião muito fora do consensual acerca de tudo. Fernandinho Pessoa era infeliz no amor e socorria-se nos seus poemas e bebidas para esquecer o facto da sua querida Ofélia lhe meter uns enfeites córnicos de vez em quando! Absinto bebia ele. O absinto fazia dele um génio, um criativo ímpar. Mas a sua Ofélia teimava em levantar as saias ao sapateiro e ao leiteiro, e ao padeiro. E Pessoa assistia a tudo, impávido e sereno, por detrás da sua pena, da sua secretária, das suas palavras. Bebia para esquecer, para não conseguir foder, e assim a sua Ofélia não necessitava de se queixar do cansaço, das dores de pernas, ou da infecção nos lábios vaginais!
Toda esta história é fruto da minha imaginação, mas bem que pode ter sido a realidade dos factos. Eu acredito que sim!!!Não quero com isto reduzir o génio que é Pessoa. Aliás, se há poeta que aprecio é mesmo o entusiasta Pessoa, o inovador, o homem das letras, das palavras, dos parágrafos...

Afinal de contas a traição sempre foi e sempre será uma coisa banal. Para mim trair é usar do sentimento. O sexo em si é animal, é instintivo, é humano. No fundo uma queca é apenas isso, uma queca. Sentir algo por alguém, isso sim, será trair, trair o acreditar, o sentir, o sonhar!

E para vocês é tão grave uma queca como um sentimento?

Importa ou não importa?

Há dias, na conversa com um amigo de longa data, discutíamos nós a eterna questão: afinal o tamanho conta, ou não conta? O meu amigo, mais velho e portanto mais vivido, dizia-me que não, o tamanho não conta, conta sim aquilo que a nossa experiência nos permite fazer com o sexo. Eu concordava em parte... afinal de contas o sexo é aquilo que nós, enquanto ser experimentados, sabemos fazer com ele, mas, dizia eu, não adianta de nada, seduzir e excitar, e quando se chega ao momento chave a gaja põe lá a mão e no sitio onde deveria existir um piço, existe um grande pedaço de nada!
Estivemos o almoço todo a discutir o assunto e não chegamos a conclusão nenhuma. Afinal de contas digam-me lá senhoras ( e porque não senhores, porque também têem direito a opinião), o tamanho conta ou não conta? Quais preferem, os grandes e grossos ou os curtos e estreitos?

Cio

Será que nós humanos também temos uma época assim?

Redirecting to part II

In my head everything scrumbles...

Sim. Eu sei. 2-1 foi, eu sei...

Then something comes around my mind! There's just not the enough information for you to think about it!
I just can't remember!
Acids and alchool are a big poisoin. My wife says it every day of my life. Whisky, cola and acetilsalisilic acid. Just the combination I need to start roling!
Passo ao lado de pessoas que caminham com os seus olhares acanhados, rebaixados... and then my mind returns to english:

"The program for this evening is not new. You've seen this entertainement thrue and thrue... You've seen your birth, life, and death. You might recall all of the rest...
Did you have a good world when you died, enough to base a movie on it? "
Alguém passa mesmo aqui ao lado do meu pensamento, toca-me no ombro e pede-me um copo. Respondo que não consigo satisfazer o que me pede, e sigo a minha viagem em direcção a lado nenhum. Perseguido pela sede alheia, tento acelerar o passo. A minha celeridade é inferior à tua vontade de beber. Where's the glass? Where's the glass? I won't ask you a third time...
Adormeço....
Junto a mim jaz um copo de uma mistela alcoólica. Os comandos que me elevam a outra plataforma caem-me das mãos. Viro-me, abro os olhos e torno a fechar.
I just can't sleep when I'm like this... I know that he will come to me and speek to me. He thinks I'm a bad boy, please, nobody tells his soon he's a bad boy!!! I love you, you heard it, I love, because you told me abou life! Because you were there when I needed you!
Arrisco cair no sono.
Hi there!!! I tought you were changing. You promissed me you'll try to reach higher. I'm watching you...
Caravanas de pensamentos e memórias percorrem os trilhos do meu descanso, e começo a sorrir. Não sorrir com os lábios. I hate to see me smile! Sorrio internamente, só para mim. A caravana passa e eu observo a pequena criança a comer um gelado, sentada junto ao mar, em cima daquela rocha que todos os dias toca o mar. O gelado termina e ela caminha.
Getting out of here, to the otherside!
Os cães ladram, perseguidos pelos orangotangos do poder. Then, a light in my head told me to clear all girls from my life, they just don't desearve me. They just don't understand me. Pego no velho coche, parto a sua casca de caracol e viajo sem direcção, quero chegar a todo o lado sem chegar a lado nenhum!

I'm returning to sleep.... have one more drink with me. Make it double, on the rocks!

Chears...

Dúvida existencial!

Explique-me lá aqui uma coisa, quem souber claro. Também se oferecem presentes de São Valentim às "amigas coloridas", "amantes" e afins???

Humm, estou na dúvida....

Dar e receber!

Certo é que as relações extraconjugais têem muito que se lhe diga, e nem qualquer pessoa é capaz de aguentar uma. Não basta paixão, nem vontade, é preciso perfil. Tudo começa pelo instinto. Instintivamente queremos procriar, seleccionamos os melhores genes, e truca, lá estamos nós a foder pelo bem da raça humana. Mas como seres supostamente racionais que somos, essa selecção genética vai implicar muito mais, vamos reconhecer que esses são os melhores genes para procriação e é aí então que entram os sentimentos ao barulho....
Primeiro é a Paixão, que enquanto definição eu separo totalmente do amor. Amor e paixão são como água e vinho.A paixão é aquela coisa boa que sentimos quando conhecemos alguém com quem achamos poder partilhar os nossos genes (e reparem, que a selecção genética é de uma importância fundamental). Vem aquela vontade de conhecer, de descobrir, de partilhar, de descobrir. Enfim, são aquelas noites passadas com a outra pessoa na cabeça. Tudo é novo: o odor, a voz, a forma de partilhar. Mas depois de tanta descoberta e tanta partilha, os dois corpos já se conhecem e os sensores cerebrais que se localizam logo logo acima da nuca (as merdas que eu sei), e que são responsáveis pela sensação de prazer nesta fase, deixam de reconhecer a novidade, e deixam de libertar a hormona responsável por essa sensação de prazer: aqui ou a paixão acaba, ou progride para o AMOR.
Eu acredito no AMOR puro e verdadeiro, e sei que é um lindo sentimento que nos preenche. Não tenho qualquer dúvida de que quando amamos, amamos para a vida. Na minha definição de AMOR, vejo que amamos quando adivinhamos o nosso outro, sabemos descobri-lo sem ele se dar a descobrir. Amamos porque esse alguém faz parte de nós, complementa-nos, e porque nos faz bem ser adivinhados.
Voltando às relações extraconjugais, tudo começa na queca, é um dado. E pode ( e deve) parar por aí. Mas quem se aventura numa relação deste tipo deve estar preparado para sentir que vai dar muito mais do que aquilo que recebe. É assim que funciona. Prencher os afectos de alguém é uma tarefa demasiado complexa. Por isso é que eu digo, não basta paixão, é preciso que a parte descomprometida consiga dar tudo de si, recebendo pouco em troca, mas percebendo que esse pouco é muito! Eu, pessoalmente (e podem ficar chocados com isto, mas é a verdade), não seria capaz de estar do lado de lá, do lado descomprometido, do lado que dá muito e recebe pouco. Não pelo facto de partilhar (isso é outra missa), mas pelo facto de gostar de receber na mesma proporção com que me dou!
Isto claro no caso de relações extraconjugais "evoluídas", não me refiro às que são pura troca de fluídos, de sexo!

E vocês, meus pinantes leitores, seriam capazes de enfrentar a vontade e a paixão? Seriam capazes de se manter longe de uma paixão com alguem comprometido? E para os comprometidos leitores, seriam vocês capaz de estar do lado de lá da barreira?

Opinem.....