Chasing Cars...

Por vezes, quando me sento ao volante deste meu computador que universalmente me transporta, sinto uma dislexia mental proporcional à minha vontade de escrever. Os momentos do meu dia, da minha vida, correm-me a linha de pensamento, mas de repente tudo é fumo que ardeu no fogo da minha vontade.
Já fazia imenso tempo que eu queria falar da Professorinha. Hoje sentei-me decidido a preservar para todo o sempre, nas linhas deste  blogue a minha história com a Professorinha, uma história que começou muito antes deste blogue.



Sempre mantive segredo no blogue sobre a Professorinha, por ser a mais fascinante de todas as mulheres com quem já me relacionei. Sempre tive medo de, ao escrever, não conseguir fazer transportar para palavras a delícia dos momentos que passei com ela, e a ternura de cada toque e cada sussurrar. Tão especial que a queria guardar só para mim.
A forma como eu e a Professorinha nos conhecemos foi no mínimo pouco ortodoxa. Estão a ver um daqueles "sites" que existiam (e ainda existem) com anúncios pessoais, antes de existir facebook's, hi5's ou blogues??? Pronto. Um contacto chegou para trocarmos os nossos messenger's. Mas a coisa não começou bem. Eu achava-a no mínimo arrogante e "com a mania". Ela pressentia-me mal educado, grosseiro, e sem o mínimo respeito pelas mulheres. Apesar deste pensamento que tínhamos um do outro, fomos mantendo conversas mais ou menos parvas e um tanto ao quanto agressivas no messenger. Um dia, resolvi, não sei por alma de que santo, mudar a minha atitude com ela. Tinha passado mais ou menos um ano desde que nos tínhamos adicionado. A minha mudança de atitude trouxe a pouco e pouco uma melhoria na forma como ela lidava comigo. Começamos a ter conversas normais, e um dia, aconteceu de marcarmos um encontro. Isto sem nunca termos sequer visto as trombas um do outro. Um verdadeiro blind date. Encontramo-nos lá para as bandas de muito longe p'ra caralho, e claro, ela ficou logo encantada com o meu charme (ahahah) e eu com a sua beleza e simpatia. Daí marcamos mais um encontro, outro, mais outro, mais outro, até que aconteceu de nos beijarmos, e passados outros tantos encontros tivemos sexo. Sexo tão bom, que se o descrevesse vocês vinham-se de certeza ao ler. Aí já ela estava surpreendida por achar que a pessoa com quem falava no computador era completamente diferente da pessoa com quem ela andava a sair. E para quem nunca se achou numa relação com uma pessoa comprometida, lá estava ela a enfiar-se na maior aventura da sua vida. Passados alguns tempos de iniciarmos a relação, começaram as pressões inevitáveis para o divórcio. E a partir daqui a relação passou por vários altos e baixos, e eu confesso que alturas houve em que me senti tentado a chegar a casa amarrar em tudo e ceder às pretensões da Professorinha, e momentos houve também em que me apeteceu desaparecer do mapa e não lhe dar mais notícias. Mas falar-lhe era mais forte do que eu. Foram longos e felizes anos os que passei com ela, embora com outras pessoas pelo meio, que mais ou menos iam aparecendo e desaparecendo da minha vida. A velocidade que utilizavam para chegar, era a mesma que utilizavam para partir, basta ver o número de relatos constantes neste blog. No meio disto tudo, aprendi a gostar dela, da sua companhia, e da forma como ela sempre me fez sentir mais calmo e sereno. Junto dela sentia-me realmente bem.No entanto, as coisas acabaram por não acontecer como ela previa, e comigo era impossível ter a relação perfeita. No fundo, nada mais nos ligava a não ser uma bela amizade, e uns momentos de sexo bem passados num motel. Há dias, zangou-se de vez e, foi uma mulher correcta dizendo-me:

"- Desculpa, foste e és a pessoa mais importante da minha vida. Mas a partir de hoje quero viver a minha vida livremente, sem ter de esconder a relação que tenho. A partir de hoje, por favor, desaparece da minha vida."

Obviamente que eu compreendi, e dou um imenso valor ao tempo que ela passou comigo. Eu não aguentaria tanto. Sei que foi das poucas pessoas que realmente se apaixonou por mim, mas também sei que, nesta fase terminal, eu já era apenas o gajo casado que não largava a esposa e de quem ela tinha de se ver livre. Como mulher inteligente que é, aproveitou o melhor da relação, até que nada mais havia a ganhar com isto. E eu vou ter saudades dela, mas vou respeitar o seu pedido.

Muitas pessoas podem ficar surpreendidas com o facto de eu conseguir manter algumas quantas pseudo-relações no mesmo espaço temporal, sem que haja suspeitas ou sinais de parte a parte. Pois, a Professorinha é a minha mais antiga relação (se assim o poderemos chamar), e durou até agora. Até ela decidir que merece mais que "namorar" um homem casado. E com o fim da minha relação com a Professorinha, termina a última das relações extra conjugais que ainda mantinha. E agora?

Alguma vez?

Vos apeteceu mandar FODER tudo?

Pilar (ou pinar, como quiserem ler)

Por demasiada ironia que o assunto possa trazer, a traição é o pilar que sustenta o meu casamento. Comecei a trair logo após o casamento, depois de ter sido um namorado exemplar. Conheci a A. num dia, num acaso. Ela pediu-me boleia... Eu aproveitei o escuro da despedida para um beijo atrevido. Ela retribuiu-me com um broche, no carro, e eu enfiei-lhe os dedos até ela se contorcer toda.

E eu adoro contorcionismo feminino.

Os sentidos do prazer!

Por vezes os nossos sentidos fazem com que tudo aconteça da forma mais simples e banal possível. Preparamos os mais complexos esquemas de sedução e conquista, e depois, verificamos que, da mais simples forma, tudo acontece melhor do que aquilo que tinhamos imaginado.
Foi assim que tudo aconteceu com a Transmontana. Eu estava demasiado preocupado com a forma como as coisas iam correr e de como a conquistar, e no final de contas tudo foi mais simples.

Deveria ter-lhe agradecido por ter despertado em mim novamente os sentidos do prazer.