Chiclete, abre, mastiga e deita fora. Produto de consumo rápido criado pela sociedade! Sou um fã da música dos 80's, e estes dias comprei um novo CD. Coloquei-o no leitor do carro e comecei a "desfolhar" as músicas. Parei numa: Taxi - Chiclete (quem conhece???). Ouvindo a letra comecei a recordar a facilidade com que se escrevia uma letra para uma música, utilizando metáforas e figuras de estilo! A censura a isso o obrigava. Hoje em dia é muito mais fácil dizer-se aquilo que se quer, portanto as letras das músicas não são tão compostas!
Chiclete. Nesta vida tudo é uma chiclete. Escolhemos, abrimos, mastigamos. Quando acaba o sabor pegamos e colocamos no lixo (alguns porcos é mesmo para o chão). Assim já eu fiz com algumas pessoas, e assim algumas pessoas já o fizeram comigo. Tudo isto me recordou a Amante (remember???). A moça, rapariga muito gira, foi nas minhas mãos algo muito pior que uma chiclete. Mastiguei, deitei fora, mastiguei,deitei fora, vezes sem conta. Nunca me tinha apercebido das humilhações a que algumas vezes a rapariga se sujeitava: ela largava tudo só para poder estar comigo, o gajo casado que lhe disse vezes sem conta que só a queria para sexo, e depois eu deixava-a pendurada, partindo para outras diversões. Agora penso nisto com tristeza e com nojo de mim próprio, nem sei como em tempos era capaz de agir assim de uma forma tão fria e insensível. Não me admira que ela tenha optado por arranjar um namorado, uma coisa mais estável, mais completa!
Hoje dei-lhe valor. Gostava de a voltar a ver, nem que fosse só para lhe dizer isto. Quando ela me disse que estava apaixonada por mim e que por esse motivo era melhor ir cada um para seu lado, até porque já tinha um namorado à séria, eu num primeiro momento fiquei abismado (ok, ia lá adivinhar que a moça estava apaixonada, não consigo perceber essas coisas), e de seguida não mostrei resistência e disse que estava bem. Apaguei todos os contactos dela e segui o meu caminho!
Na verdade acho que tudo tem de ter um fim. Neste momento também me vejo noutra situação da qual apenas espero o fim. Apesar de falar com essa pessoa diariamente, espero apenas que a vontade de trocar conversas se esvaia, e tudo fique como começou: cada um na sua! Não espero porque quero ou porque o desejo, mas sim porque é o decorrer natural deste tipo de coisas. Ou envolvem sentimentos e duram, duram, duram, ou as conversas rolam sempre em torno do mesmo até que um dia algum se vai encher e vai colocar o eterno ponto final. Já tive algumas situações destas. Umas resolvem-se por si mesmas, e ambos percebem que não vale a pena investirem os seus tempos um com o outro. Noutros casos as coisas são mais complicadas: um quer parar e o outro quer continuar! Chiclete: compra, abre, mastiga e deita fora. Somos todos um produto de consumo.... e ao longo da vida nunca deixaremos de ser.
Gostava, aliás, adorava poder voltar a ver todas as chicletes da minha vida, e todas as pessoas para quem eu fui uma chiclete! A uns pediria desculpa e a outros agradecia por me ajudarem a ser mais Homem!
Acho que já me perdi completamente do assunto: música dos 80's. Bem, eu gostaria que aqui no norte houvesse uns bares dedicados aos 80's e aos early 90's. Apesar de gostar de música moderna, não posso esquecer as minhas bandas favoritas: The Doors, Guns N'Roses, Dire Straits, Sting.... e mais algumas. Durante umas semanas no meu carro será só som dos anos 80, e até os miúdos irão cantarolar as músicas do CD!
Bom, o texto já vai longo, e já disse muita coisa. Chiclete: até este texto o será!!!
Fica aqui a promessa de que no próximo post haverá queca para contar!
See you....